quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

"A nossa forma de crueldade" de Araminta Hall

(foto:minha)


O meu segundo livro lido este ano foi este. Nunca tinha lido nada desta autora. Não contava comprar nem fazia parte da minha lista. Este livro veio comigo da Livraria Lello. Quis aproveitar o valor do bilhete para trazer mais um miminho para mim.

Não me arrependi de todo. É um livro pertubador no minimo. Quanto mais se lê mais se coloca em causa a credibilidade de cada uma das personagens. Não se sabe quem diz a verdade ou deixa de dizer. Não se sabe quem é ou não inocente, se é que existe alguém.

Mike e Verity são as personagens principais do livro. É Mike que conta a história, a sua história, a história deles. A relação que tiveram e que continua presente. Mike regressa a Portugal depois de um tempo em trabalho noutro país. Verity estás prestes a casar com Angus e convida Mike para o casamento. Mike nunca acreditou que aquilo fosse verdadeiro. Acreditou, fielmente, que tudo fazia parte do Jogo do Desejo que tantas vezes jogavam, noutros tempos.

O livro é dividido em três partes: o regresso de Mike e o convite para o casamento; após o casamento e os acontecimentos que culminaram num desastre; e por fim, o julgamento sobre o que aconteceu onde é exposto, em praça publica, todos os pormenores de toda aquela relação.

Ao ler as palavras de Mike vamos percebendo os recantos mais obscuros da mente humana. Aqueles que são tão difíceis de entender como de perceber. Mostra-nos como a mente pode ser traiçoeira e maldosa. O que é certo deixa de ser. O que é verdadeiro nunca existiu. Cada um acredita no que quer acreditar. Sente o que quer sentir. Mas isso não quer dizer que coincida com o que é real. Mike é assim. É uma personagem carregada de personalidade e com uma bagagem problemática que vem desde a infância.

Eu adorei...

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