terça-feira, 1 de maio de 2018

1º Maio

(imagem: internet - 1 de maio de 1974)

Maio chegou. E inicia sempre em grande. Com um feriado! Hoje celebra-se por todo o mundo o dia do trabalhador.
A celebração deste dia surge em 1886 com a primeira manifestação de 500.000 trabalhadores nas ruas de Chicago e numa greve geral em todos os Estados Unidos. Até a esta data o trabalhador não tinha qualquer tipo de direito a não ser o de trabalhar. Exigir o que quer que seja nem passava pela cabeça de ninguém.

Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o 1º de maio em 1890. A 1919, as várias lutas e manifestações conquistam o direito e consagração na lei da jornada de 8h diárias de trabalho para os setores do comércio e industria.
Contudo, o 1º de maio tem um significado maior para todos os portugueses após o 25 de abril de 1974. Neste dia saem milhares de pessoas às ruas por todo o país (imagem acima). Até então, no Estado Novo (Ditadura de Salazar) os festejos deste dia eram proibidos. 

A luta por um trabalho com melhores condições, com um salário mais justo, com direitos e não só deveres vêm até aos dias de hoje. 
Ainda há muito a fazer. 
Ainda há mulheres a ganharem menos que os homens por serem da "condição" feminina, quando na realidade trabalham tanto ou mais que os homens.
Ainda há muito trabalho mal remunerado e outro remunerado a mais. Por exemplo, não consigo perceber o porquê de um apresentador de televisão ganhar tanto dinheiro e um operário de fábrica ganhar tão pouco; ou uma pessoa que trabalha num lar a cuidar de quem já cuidou de alguém que ganha o ordenado mínimo (numa instituição comparticipada pela segurança social) e um politico que ganha vencimento, reforma vitalícia e outros tipos de rendimentos que são autênticos roubos...Dá para ver a discrepância? (Não estou a dizer que apresentadores ou políticos não merecem, atenção. Só para vermos o 8 e o 80).
Ainda há muita gente a trabalhar de forma precária sem condições mínimas de trabalho.
Ainda há muita entidade patronal na busca incessante de mão-de-obra barata.

Ainda há muito a fazer...muito que lutar, reclamar e reivindicar...
Cabe a mim, cabe a ti ir mais além. 
Trabalhar sim, mas de uma forma justa!

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