quinta-feira, 30 de agosto de 2018

...até ao dia!

Sempre que falo contigo tenho a sensação (ou talvez a certeza mesmo) de que estou parada no tempo. Parece que a vida corre, segue o seu rumo e eu apenas a vejo a passar. Há decisões que podem mudar o que está certo (ou não). E mais fácil evitá-las do que tomá-las.

Depois perguntas-me o que eu não quero que perguntes (talvez porque sei que ando a adiar o que não posso adiar). E eu... em vez de assumir o que tem de ser assumido, fujo à questão com outra situação qualquer e a conversa acaba num assunto mais seguro para mim. Que é quase sempre (ou sempre mesmo) em falar de ti e da tua vida. Não de mim. Não da minha vida (será que tenho uma?).

Quando acaba, sigo para casa. Feliz por ter estado contigo. Mas com mais certezas ainda de que ando a adiar o que não devia. Em tomar uma posição que não tomo. Eu sei, nem parece meu. Nem parece de mim. Sei, que vais voltar a perguntar. Sei que vais voltar a dizer que não devo continuar assim. Sei disso tudo... Mas é como te digo, é até ao dia! Ao dia em que me passar... E aí os estragos podem ser grandes, inalteráveis e destruidores....

Sem comentários:

Enviar um comentário