segunda-feira, 15 de outubro de 2018

"Sobre o Amor" de Daniel Oliveira

(foto: minha)

Este é o terceiro romance de Daniel Oliveira. Li o primeiro dele - "A Persistência da Memória" e não gostei muito. Não me cativou nem um pouco e como tal nem comprei o segundo livro. Este, "A formula da saudade" é a continuação do primeiro.

Contudo, não sou pessoa de desistir à primeira do quer que seja, nem mesmo do Daniel. Que toda a gente conhece e que tem aquele ar tão fofinho quando diz "O que dizem os teus olhos?" acompanhado com um sorriso malandro. E foi só por isso que decidi dar-lhe uma segunda oportunidade. Toda a gente merece uma não é?! Pronto.... lá obriguei o namorado a dar-me. Tinha de ser. Não podia passar.

Foi mais um para "a montanha" (está cada vez maior!) dos "para ler em breve". Mas quando lhe peguei, oh menina, foi-se num instante. Não demorou muito a chegar ao final. Acho que a escrita deste não tem nada a ver com o primeiro (foi o único que li) ou então sou eu a delirar. O livro lê-se muito bem tornando-se catita (what??).

Pensando bem, acho que gostei porque Paola, a protagonista, é italiana. Itália é um país romântico, tenho dito. Em alguns momentos fala-se de Florença. E eu como lá estive este ano até parece que foi de propósito (e há lá coincidências!?). É tão bom e tão diferente a sensação de lermos sobre um local em que já lá estivemos na realidade. Ao ler é como se naquele momento, estivesse novamente lá. É como se estivesse a assistir, lá no local, àquele mesmo desenrolar de acontecimentos. Poderia bem ser.

Mas deixemos de falar de coincidências e de misturar a ficção com a realidade. (Está parva a miúda agora!...É a idade.... já não caminha para nova!). Enfim...

O livro relata a história de duas pessoas que se conhecem por obra do acaso. 
Paola, italiana, é hospedeira de bordo mas com o objetivo de mudar de vida em breve. Procura a realização pessoal. Consciente do que quer e do que precisa sabe para o que não está preparada ainda. O sofrimento que possui tão presente não a deixa atirar-se de cabeça.
Frederico, português, escreve novelas. Talvez, daí o seu lado mais romântico. Sabe o que dizer na hora certa e fica sempre bem. Têm sempre uma resposta para tudo.

Dois mundos tão diferentes que se ligam e se encontram pelo destino. A química entre os dois existe desde o primeiro encontro e desde então, torna-se difícil esconder e esquecer o que não pode ser simplesmente ignorado.
Será Paola capaz de esquecer o passado e correr o risco de viver o amor?
Será Frederico capaz de a convencer com todos os seus argumentos?

O final não é o que se espera porque "Amar é deixar o amor ser"...

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